Startup Enxuta: Conheça a metodologia mais usada pelos empreendedores

Existem diversas metodologias utilizadas por empreendedores, e todas elas indicam um caminho de processos e métodos para chegar a um determinado objetivo. Uma das mais conhecidas é a Startup Enxuta, também conhecida como Lean Startup, em inglês, que foi pensada por Eric Ries. Neste artigo falaremos mais sobre essa metodologia e suas lições. O método…

Livro A Startup Enxuta, de Eric Ries

Existem diversas metodologias utilizadas por empreendedores, e todas elas indicam um caminho de processos e métodos para chegar a um determinado objetivo. Uma das mais conhecidas é a Startup Enxuta, também conhecida como Lean Startup, em inglês, que foi pensada por Eric Ries. Neste artigo falaremos mais sobre essa metodologia e suas lições.

O método tradicional usado em empresas

Uma empresa não está procurando um modelo de negócio que funcione no futuro e, sim, um negócio que funcione desde seu início. E apresenta maior estabilidade e segurança de retorno financeiro.

Impulsionada principalmente pela lucratividade, uma pequena empresa é uma organização auto-sustentável que gera lucro a partir de seu primeiro dia aberto e que busca um valor de receita que se mantenha a longo prazo. Elas não requerem investimentos enormes e tempo para formular uma companhia que funcione.

Por isso, as empresas adotam um plano de negócios plurianual e depois usam esse plano para arrecadar dinheiro para financiar atividades de desenvolvimento de produtos.

Além disso, é aconselhado que as empresas desenvolvam seus produtos em “modo secreto”, mantendo assim suas idéias de produtos restrita a equipe de funcionários e seus investidores.

Por que a startup não se encaixa nesse método tradicional?

A “linha da produção enxuta” nasceu na Toyota e, permitiu que essa companhia japonesa estivesse entre as dominantes no setor de montagem de automóveis. Esse método de gerenciamento foi o que inspirou a startup enxuta.

Startup é uma organização pensada para criar novos serviços e produtos sob condições de extrema incerteza . Em geral, busca por inovação e criar algo que não existia.

Quer saber mais sobre Startup? Leia o nosso artigo e entenda a diferença entre uma pequena empresa e a startup.

O método tradicional utilizado em empresas, é pensado sobre a condição de terem uma expectativa de ser um produto que retorne lucro assim que lançado e que já tenha uma estrutura consistente. Porém, devido a instabilidade que as startups têm, a falta de um processo de gestão do negócio, feito pensando nessa condição de extrema incerteza, levou muitos empreendedores a abandonar qualquer tipo de processo e agir com o pensamento de “apenas executar”, evitando a possibilidade de ter uma gestão empresarial.

Startup Enxuta: a metodologia para startups

A metodologia da Startup Enxuta fornece ferramentas para testar hipóteses sobre o produto/serviço e tomar decisões baseadas nos resultados desses testes. E ao utilizá-la, as startups seguem uma ordem ao invés de se manter no caos, ao estabelecer um processo estruturado em torno do desenvolvimento de um novo produto em um ambiente de incerteza.

Startup Enxuta (em inglês, Lean Startup), que foi criado por Eric Ries e se tornou o livro com o mesmo título, surge com um conjunto de práticas para criar um novo negócio de forma ágil, reduzindo o desperdício durante a criação de produtos e serviços, com baixos custos e orientada ao desejo dos clientes.

Nela toda atividade inicial que não contribui para o aprendizado sobre os clientes é considerada desperdício.

A metodologia em outros negócios

Apesar dela ser pensada para startups, algumas de suas ferramentas podem ser úteis e utilizadas em outros modelos de negócios. Tudo depende de que forma você pode explorar as lições de forma com que tenha sentido com o seu empreendimento.

Por exemplo, o método de testes e avaliação do desempenho de um produto, podem ser boas práticas para o seu negócio.

Lições da startup enxuta

O livro traz várias lições para aplicar em qualquer tipo de empresa e, principalmente, startup para que se tenha um processo enxuto e ordenado. Algumas dos aprendizados principais do livro são os seguintes quatro pontos:

1 – Ciclo : Construir — medir — aprender

A atividade principal de uma startup é transformar ideias em produtos, medir como os clientes respondem e aprender se é preciso manter algo ou mudar, caso não tenha tido uma resposta positiva.

As três etapas do ciclo: Aprender (Pivotar ou Perseverar), Construir (Converter ideias em produtos), Medir (Ver como os clientes respondem)

A primeira etapa seria a construção, o momento onde as ideias são transformadas em produtos, utilizando de algumas ferramentas para entender se a ideia é válida e se vale a pena investir. Durante ela, o produto idealizado passa por uma série de pesquisas e testes para validar o primeiro protótipo, como é o caso do MVP que falaremos depois.

Após isso, medimos o produto ou serviço a fim de avaliar a qualidade dele e se ele atende as expectativas dos clientes. Os resultados gerados a partir dos testes feitos nessa etapa são analisados na última etapa.

Por fim, na etapa de aprender, analisamos os dados e aprendemos com eles. Podem ser tomadas duas decisões nessa fase: pivotar, ou seja, mudar todo seu produto/modelo de negócio radicalmente se não tiver aceitação dos clientes. Ou,

Conheça as ferramentas relacionadas com cada etapa do ciclo:

Ferramentas para aprender mais rápido: Testes A/B, Testes de hipóteses, customer development, prestação de contas, arquétipos de consumidores, design sprint, times multidisciplinares, times semi autônomos e testes de fumaça.

Ferramentas para construir mais rápido: Testes de usabilidade, testes unitários, código aberto, refatoramento de código, desenvolvimento ágil e MVP.

Ferramentas para medir mais rápido: NPS, análise de funil, serach engine marketing, analytics e dashboard, análise cohort e testes A/B.

É importante acelerar esse ciclo de construir-medir-aprender para manter a sua startup concisa e com uma boa gestão.

2 – Aprendizado validado

Consiste em enxergar a criação do produto/serviço como um experimento seguindo um método científico dentro da estratégia de validação, com o objetivo de ter um produto final no mercado.

Para utilizar de maneira correta o aprendizado validado, precisamos entender que toda startup é um grande espaço de experiência que tenta responder a pergunta: “Esse produto DEVE ser construído?” ao invés de “Esse produto PODE ser construído?”

Porque existe o risco do produto não atender as necessidades do cliente e dele não ser aceito no mercado. Ao realizar testes, descobrimos os riscos envolvidos no lançamento do produto, então buscamos refinar ele de acordo com os resultados o melhorando para entender as necessidades do cliente e ganhar aceitação do mercado. Com as informações coletadas é possível modificar o produto para que satisfaça o seu público.

Bem vamos imaginar o seguinte caso:

“Comparando duas startups.

A primeira empresa começa com a métrica clara de pontos de partida, uma hipótese a respeito do que melhorará a métrica e um conjunto de experimentos idealizados para testar o produto.

A segunda equipe senta-se à mesa e discute o que melhoraria o produto, implementa diversas dessas mudanças ao mesmo tempo e comemora se houver aumento positivo em algum dos números.

Que startup tende a estar fazendo um trabalho eficaz e alcançando resultados duradouros? ” – Trecho do livro “A Startup Enxuta”

A primeira se preparou melhor para a criação do produto, pensando desde a concepção da ideia até o teste do produto, enquanto a segunda equipe implementa muitas mudanças sem uma finalidade definida, esperando que dê certo, ao invés de investigar o motivo que pode levar à falha.

3 – Reduzir o tempo de criação do produto criando um MVP (Mínimo Produto Viável)

A definição de MVP se popularizou a partir do livro Lean Startup (Startup Enxuta) de Eric Ries, e é utilizado principalmente na fase inicial dos negócios. E permite que empreendedores validem sua ideia antes de desenvolver o produto final.

Grandes empresas como Airbnb, Uber e Spotify partiram de um MVP e agora possuem aplicações estabelecidas no mercado.

Ao criar um MVP, se reduz o gasto em recursos (tempo, dinheiro e trabalho) ao pesquisar e descobrir o que o mercado deseja, após planejar e desenvolver um protótipo são realizados testes com esse produto mínimo viável com o objetivo de entender mais cedo se o produto desenvolvido é aceito no mercado.

O Produto mínimo viável, ou Minimum Viable Product (MVP), consiste em fazer uma versão mais simples e enxuta de um produto (ou parte dele) que oferece apenas a sua principal funcionalidade. Depois que lançado, você poderá testar com usuários reais, aprender com eles e continuar desenvolvendo seu produto mínimo viável. O intuito é que este MVP se torne um produto completo.

Para maiores detalhes e entender as vantagens de criar um MVP, leia o nosso artigo: Como validar o seu produto com o MVP.

4 – Aperfeiçoar o produto conforme os resultados obtidos dos testes feitos no produto.

Dentro do ciclo de construir-medir-aprender, na etapa de “medir” são realizados testes no produto desenvolvido. Ao recolher os resultados e analisar, o produto é aperfeiçoado de acordo com o feedback e dados recolhidos, com o objetivo de reduzir os ciclos de desenvolvimento ao máximo.

Agora que você entendeu sobre a metodologia da Startup Enxuta, incentivamos que aprofunde seu conhecimento e busque pelas ferramentas que podem auxiliar no seu negócio.

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